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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

COLUNA: ALGO SOBRE... MINISTRO CELSO MELLO

SUETONIO FARIAS
Não se fala em outra coisa a não ser a "mãozinha" dada pelo Ministro Celso Mello ao bandidos do mensalão, ou melhor, acusados do mensalão, pois já se sabe que ninguém é culpado até ser condenado.

Claro que quase todo mundo queria ver os esqueletos dos mensaleiros se desmancharem na cadeia, porém os preceitos da justiça não podem servir como pendulo inclinado.

Todos os brasileiros honestos aguardaram com extrema ansiedade o voto decisivo do Ministro supracitado, na realidade esperavam que o voto fosse contrário aos tais embargos infringentes. Só que aconteceu o contrário, 12 dos 25 mensaleiros agora têm o direito de ter suas penas revistas. Esse fato lembrou o caso bíblico no qual a voz do povo bradou a soltura de Barrabás e condenou Jesus, por isso que a justiça não pode ceder à maioria, à emoção, ela tem que servir aos seus propósitos dentro do que a legislação brasileira permite.

Essa sem-vergonhice acontece no país pela leniência desta mesma legislação, e a justiça está com sua balança quebrada há tempos, porque não se pode aceitar pacificamente que um cidadão sofra nas mãos da justiça por atos, ás vezes necessários, não consideráveis. Os bandidos mensaleiros não roubaram galinha, nem furtaram supermercados para alimentar os filhos, eles se apropriaram indevidamente do meu e do seu dinheiro, mais ainda abusaram do poder que carregam nos títulos.

A chateação é superficial a cada rosto brasileiro, mas o que se podia esperar num país que é único no mundo a ter um deputado prisioneiro?

Não se sabe o que se passa na cabeça de um Ministro, mas o que se sabe é que tudo no Brasil é movimentado por interesses açambarcados. 

Dá tristeza de saber que cada um de nós, involuntariamente, somos representados por instâncias que nos envergonham. O Congresso brasileiro há muito perdeu sua confiabilidade, pois é quase unânime a falta de confiança do povo nas instituições políticas, isso causa uma ansiedade desmedida pelas eleições que se aproximam, porque serão por elas que realmente se confirmará se o tal do gigante acordou ou apenas se enganou.

Com o direito aos embargos, talvez o novo julgamento só aconteça em 2014, o que pode tornar o crime de lavagem de dinheiro prescrito, ou seja, tudo pode acabar como sempre acaba, na tal da pizza.

Essa decisão do STF nos mostrou o que todo mundo já sabe: que a Justiça é cega. E pela destreza com que resolve os julgamentos da casta diferenciada da sociedade, é oportuno dizer que a Justiça além de cega é preguiçosa.

Nada de estranho, tudo acabou do jeito que tinha que acabar, afinal ISSO É BRASIL.
Aqui no Brasil, bem que poderia ser como os versos de Leandro Gomes de Barros: Nós temos cinco governos/O primeiro o federal/O segundo o do Estado/Terceiro o municipal/O quarto a palmatória/E o quinto o velho punhal.

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