Cerca de 30 policiais realizam uma operação pente-fino na Penitenciária Desembargador Flósculo Nóbrega, o presídio do Roger, em João Pessoa nesta terça-feira (5). De acordo com o major Jerônimo Bisneto, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a ação está acontecendo após um detento ter sido encontrado morto na área de reconhecimento na noite da segunda-feira (4). O crime desencadeou um tumulto que terminou com um presidiário ferido ainda na segunda-feira.
A operação começou às 6h (horário local) no pavilhão 1. Segundo o major, policiais do Bope, Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e Batalhão de Choque participam da ação nesta terça-feira. O major Jerônimo explicou que dois detentos, suspeitos de matarem um outro detento na terça-feira, confessaram o crime e foram encaminhados para uma cela isolada. Eles serão ouvidos por um delegado ainda hoje.
O Secretário da Administração Penitenciária, Wallber Virgulino, informou que o preso tinha marcas de enforcamento na região do pescoço.
As informações oficiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) dão conta de que, por volta das 16h (horário local), os agentes encontraram o detento desacordado próximo à porta da cela e constataram que ele estava morto. O rapaz cumpria pena por homicídio.
Depois que o detento foi encontrado morto, um tumulto começou no presídio. Na confusão, um presidiário de 51 anos foi ferido e levado por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) para o Hospital de Trauma da capital. De acordo com o boletim do Trauma desta terça-feira, o estado de saúde do paciente é considerado regular.
Confusões no Roger
Na noite da sexta-feira (1º), sete presos espancaram outros dois no Presídio do Roger. Segundo o gerente executivo do Sistema Penitenciário, eles foram espancados com murros, socos e pontapés. Um deles teve a orelha machucada. Ambos foram levados ao Hospital de Trauma de João Pessoa, medicados e retornaram ao presídio, de acordo com o tenente coronel.
No mesmo dia, os detentos do Presídio do Roger se rebelaram por volta das 10h. Detentos dos pavilhões 5 e 6 tentaram atear fogo em colchões do pavilhão 4. A confusão foi contida ainda pela manhã, com a entrada do Batalhão de Choque no local.
Depois do tumulto, um detento morreu quando estava internado no Hospital de Trauma. No total, 12 presos feridos foram levados para o Trauma. Pelo menos outros seis tiveram ferimentos leves e foram atendidos ainda no presídio.
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